FCP 1 - 1 LIVERPOOL

O F.C. Porto susteve o vice-campeão europeu, Liverpool, com classe e superioridade, ficando muito perto de uma vitória que o poderia colocar desde já na liderança do grupo A da Liga dos Campeões. O empate a uma bola é, por isso mesmo, um resultado algo amargo, que não negativo, mas que deixa a sensação de oportunidade perdida, ainda para mais quando os ingleses jogaram mais de 30 minutos com menos um jogador, devido à expulsão de Pennant.
Basta olhar para a estatística final do encontro para perceber de que lado do campo esteve a bola. O domínio português foi evidente, por vezes gritante, com o Liverpool a remeter-se à sua condição de mais-vale-um-ponto-na-mão-do-que-três-a-voar. Cínica como sempre, a equipa de Rafa Benitez fechou-se lá atrás e esperou pelo fim do jogo, lançando esporádicos contra-ataques para Babel ou Kuyt (Torres nada fez de relevante). Uma atitude plenamente assumida a partir da expulsão de Jermaine Pennant, aos 57 minutos, por acumulação de amarelos (após um primeiro cartão no primeiro tempo, o extremo não reagiu bem à decisão do auxiliar, protestou e viu o segundo).
Como jogou Ricardo Quaresma:

Quaresma, tapado por Benítez : Mais Futebol
Jogo ingrato para o extremo. Rafa Benítez confessara ser ele um dos homens a ter debaixo de olho, mas não precisava ter exagerado. Não raras vezes, vimos Quaresma rodeado de três adversários, sem tempo nem espaço para fazer magia. Mas nunca virou a cara a um bom duelo. Louve-se isso. Fez um bom remate logo aos quatro minutos e aos 54 trocou as voltas a Arbeloa como só ele sabe. Aos 87 salvou o F.C. Porto, ao cortar in extremis um lance de muito perigo dos ingleses. Mas os portistas queriam mais. Quaresma habituou-os mal (ou bem?).

3 Quaresma : O Jogo
Faltou magia ao jogo porque esteve desinspirado. É verdade que não virou a cara à luta e, para não variar, foram dos seus pés que saíram os lances mais perigosos. Contudo, exagerou nos lances individuais, brilhando na defesa ao evitar que Kuyt fizesse o segundo golo perto do final.